MAN BOOKER PRIZE 2004
A vida do jovem Nick Guest muda irreversivelmente quando aceita passar uma temporada em casa de Toby, seu colega de faculdade e objecto da sua vã paixão. Oriundo de uma família da classe média, Nick vai ser iniciado então no mundo dos ricos e poderosos. Vivem-se os impetuosos anos 80, e no círculo do poder da Grã-Bretanha de Margaret Thatcher, onde a ganância é glorificada, Nick, o puro esteta, é um forasteiro, um intruso movido por algo bem diferente. Mas Nick adopta e é adoptado pela extravagante família de Toby, com quem embarca nos vícios da década: dinheiro, poder, sexo e cocaína; e a sua estadia na casa de Notting Hill parece prolongar-se indefinidamente. São tempos inebriantes e Nick rapidamente se adapta ao ritmo vertiginoso das festas e das viagens e à amoral sensação de nada lhe ser vedado. De facto, tudo parece ser possível; a decadência nunca fora tão divertida. Mas esta interminável busca da auto-satisfação tem um preço, e Nick apercebe-se demasiado tarde de que lhe vai custar tudo o que possui.
Estamos já suficientemente instalados no novo milénio para permitir que a década de 1980 se assuma como uma era histórica distinta. Neste sentido, A Linha da Beleza é um marco no que de hábitos e costumes do século XX vai ficar para a História. Enquadrado por dois processos eleitorais que reforçaram a liderança de Margaret Thatcher, foca quatro extraordinários anos de euforia, mudança e tragédia. Emocionalmente denso, desarmantemente divertido, é um trabalho de fôlego da autoria de um dos mais brilhantes escritores de língua inglesa.
"Brilhante... Um romance de situações e um romance de percepções. Ainda por cima escrito num estilo que não desmerece Henry James e se lê infinitamente melhor."
Expresso
"Magnífico."
Público
"Os grandes dramas e os grandes clichés do anos 80 – a política, o sexo, a cocaína, a sida – ganham outra dimensão numa escrita sensível, que vai apaixonar todos os leitores anglófilos."
Notícias Magazine
"Um escritor magnífico."
John Updike
"Tenho a certeza de que nunca usei a expressão 'obra-prima' na crítica a um romance e hesito em fazê-lo agora, mas é um termo muito difícil de evitar quando me encontro face a tanto brilhantismo."
The Observer
"Um romance arrebatador, tal é o fulgor fin de siècle de que Hollinghurst o imbuiu."
The Sunday Telegraph
"Se daqui a cem anos alguém quiser saber como é que as pessoas eram, como falavam, como se avaliavam e julgavam a elas próprias e aos outros, o melhor que tem a fazer é ler este romance."
Evening Standard
"Uma leitura que é puro prazer."
New Statesman
Alan Hollinghurst nasceu em Shroud, Inglaterra, em 1954, e estudou em Oxford. O seu primeiro romance, A Biblioteca da Piscina, foi uma das mais aclamadas estreias dos anos 80, conquistando o Somerset Maugham Award em 1989 e valendo ao seu autor um lugar entre os Melhores Jovens Romancistas Britânicos, segundo a revista Granta, em 1993. Seguiu-se The Folding Star, que foi, em 1994, finalista do Booker Prize e venceu o James Tait Black Memorial Prize. A sua consagração definitiva deu-se em 2004, quando A Linha da Beleza foi galardoado com o Man Booker Prize, tendo ainda sido adaptado para a televisão pela BBC. Foi também considerado pelo Público como um dos melhores romances da década. O Filho do Desconhecido é o seu primeiro romance em sete anos e está já a ser aclamado como um dos melhores livros do ano e da década, cimentando a reputação do autor como um dos nomes cimeiros da literatura anglo-saxónica. Foi nomeado para o Man Booker Prize 2011 e venceu o Galaxy National Book Award 2011, na categoria Autor do Ano, e o 2011 Stonewall Award, na categoria Escritor do Ano.